Ptose Palpebral Congênita
Quando uma pálpebra caída está presente no nascimento ou no primeiro ano de vida essa condição é chamada de ptose congênita. Na maioria dos casos de ptose congênita, o problema é estético e não afeta a visão.
Mas quando a pálpebra cobre a pupila será necessário corrigir essa situação, porque se a visão de um olho é prejudicada durante o desenvolvimento da criança o cérebro não estabelece uma ligação adequada com aquele olho.
A correção da Ptose Congênita
A cirurgia para correção da ptose congênita é um dos desafios mais difíceis que os oftalmologistas enfrentam e o sucesso da cirurgia depende muito da experiência do médico. Vários procedimentos cirúrgicos estão disponíveis e a escolha de uma técnica depende de vários fatores, incluindo o grau da ptose, os motivos causadores da ptose, a etnia e a idade do paciente. A ptose congênita pode ser corrigida em qualquer idade, inclusive em adultos.
A ptose congênita é geralmente unilateral (70%), mas pode ser bilateral. Pode estar associada com problemas em um ou mais dos músculos extra-oculares e outras condições sistêmicas.
Crianças com formas mais graves de ptose sofrem de visão obstruída em seus quadrantes visuais superiores e frequentemente necessitam de intervenção cirúrgica para elevar suas pálpebras.
A ptose congênita pode estar associada a outros problemas visuais, como a miopia, astigmatismo, anisometropia, ambliopia e estrabismo.
Após uma cuidadosa análise e diagnóstico do grau e tipo da ptose congênita, o Dr. Henrique Kikuta discutirá com os pais da criança ou quando o portador é adulto a melhor opção cirúrgica.
Assista ao vídeo em que o Dr. Henrique Kikuta explica como é feita a cirurgia para correção da ptose palpebral congênita.
Ptose Palpebral Adquirida
Ptose palpebral é o termo médico para a queda da pálpebra superior, uma condição que pode afetar um ou ambos os olhos. Quando a borda da pálpebra superior cai pode bloquear o campo superior da visão.
Os sintomas da ptose incluem uma diminuição da capacidade de manter os olhos abertos, cansaço visual e a fadiga na sobrancelha, por causa do esforço necessário para levantar as pálpebras, especialmente para a leitura.
Em casos graves pode ser necessário inclinar a cabeça para trás ou levantar a pálpebra com o dedo.
A ptose na maior parte dos casos é devida ao alongamento do músculo elevador, que levanta a pálpebra. Com a idade, o tendão que liga o músculo elevador da pálpebra se alonga e/ou se desinsere e a pálpebra cai, cobrindo parte do olho.
A ptose adquirida pode ocorrer como uma consequência do envelhecimento, de um trauma, derrames, doenças musculares ou neurológicas.
Não é incomum um paciente desenvolver ptose palpebral após a cirurgia de catarata, que eventualmente pode deixar o músculo fraco. Usar durante muito tempo lentes de contato também pode contribuir para o desenvolvimento da ptose.
Os principais objetivos da cirurgia de ptose unilateral são a elevação da pálpebra superior para restaurar o campo de visão normal e alcançar a simetria com a pálpebra superior oposta. Estes objetivos vão depender de vários fatores, podendo exigir cirurgias complementares.
Blefaroplastia não corrige Ptose
Atenção: a cirurgia de blefaroplastia e a cirurgia para correção de ptose são totalmente diferentes, com objetivos diferentes. Na blefaroplastia a pele que está sobrando é retirada, na ptose os músculos (e as vezes também o nervo) são encurtados. Por isso a ptose não pode ser corrigida com uma blefaroplastia.
Obstrução das Vias Lacrimais
As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, que ficam atrás das pálpebras superiores (em amarelo na imagem) e fluem ao longo da superfície do olho.
São então drenadas através de duas pequenas aberturas para dentro do saco lacrimal, fluindo através de um tubo chamado “canal lacrimal” para dentro do nariz e da garganta (em branco na imagem).
O principal sintoma da obstrução da via lacrimal é a saída de secreção ocular. É mais comum em recém nascidos e crianças com até três anos, mas pode ocorrer em adultos acima de cinquenta anos.
Causas de um canal lacrimal bloqueado
A condição pode ser congênita (que está presente desde o nascimento) ou adquirida (quando se desenvolve mais tarde). Um em 25 bebês tem o canal lacrimal bloqueado de forma congênita.
Os sintomas de canais lacrimais bloqueados na criança
Seu filho vai ter cílios molhados ou lágrimas evidentes. Uma vez que as lágrimas não podem escorrer para dentro do canal lacrimal, elas transbordam para os cílios, muitas vezes para as bochechas. Mas como esse sintoma nem sempre é causado por dutos lacrimais bloqueados, o Dr. Henrique Kikuta irá pesquisar todas as possibilidades.
Tratamentos para canais lacrimais bloqueados
Existem diferentes tratamentos para canais lacrimais bloqueados, dependendo da causa.
Os tratamentos médicos incluem massagens e antibióticos para as infecções. Se estes não resolverem o problema, o seu filho pode precisar de uma cirurgia.
Na maioria dos casos de recém nascidos, a simples massagem das condutas pode ser o suficiente, devido à elevada taxa de resolução espontânea.
O fato de que a resolução espontânea é provável tem que ser equilibrado com o fato de que o sucesso da cirurgia diminui com a idade.
A experiência do Dr. Henrique Kikuta indica a realização da cirurgia aos 6 meses de idade da criança.
Dacriocistite
A obstrução de via lacrimal pode provocar uma infecção, a dacriocistite, em crianças e adultos. A lágrima acumulada dentro do saco lacrimal promove a proliferação de bactérias, gerando sinais inflamatórios, como dor e calor, vermelhidão e saída de secreção. Essa infecção se não for tratada adequadamente pode se transformar de aguda em crônica, por isso é importante se avaliar com urgência o tratamento definitivo, que é cirúrgico, a dacriostomia.
Vias lacrimais obstruídas em adultos
O lacrimejamento em adultos pode ocorrer em doenças da superfície ocular, pálpebras, inflamações intra-oculares e glaucoma congênito. Pode ser causado por um corpo estranho, por uma conjuntivite alérgica ou anormalidade de posição das pálpebras ou obstrução do canal lacrimal.
A obstrução do canal lacrimal é mais comum em mulheres, a partir dos 40 anos e o tratamento é cirúrgico, com a criação de uma nova via lacrimal, que vai permitir a drenagem da lágrima.
O lacrimejamento também pode ser causado pelo ectrópio, comprometendo a drenagem da lágrima.
Quando a causa é conjuntivite alérgica, além do lacrimejamento também ocorre coceira e sensação de inchaço do olho.
Quando existe um corpo estranho na superfície dos olhos ou atrás das pálpebras, o lacrimejamento é aumentado para lubrificar a região e facilitar a saída do objeto.
Em úlceras da córnea, o lacrimejamento é acompanhado de dor no olho, sensação de corpo estranho no olho, aumento da sensibilidade à luz, vermelhidão e embaçamento da visão. Isso pode ocorrer em decorrência de falta de higiene no uso de lentes de contato.
Cada paciente e cada caso vai requer uma abordagem diferente, por isso o Dr. Henrique Kikuta vai realizar em você exames oftalmológicos completos, para desenvolver um plano de tratamento específico para a sua idade e sua condição.
Enxaqueca crônica
Enxaqueca crônica é um sub-tipo distinto e definido de cefaléia crônica. O impacto da enxaqueca crônica pode ser muito incapacitante.
Injeções de toxina botulínica com agulhas muito finas são aplicadas em áreas específicas da cabeça, pescoço e ombros, para adultos com enxaqueca crônica que têm 15 ou mais dias por mês com dor de cabeça, com duração de 4 ou mais horas por dia. O tratamento precisa ser repetido várias vezes.
Não existe uma causa única para a enxaqueca crônica. Para algumas pessoas a causa pode ser a cafeína, luzes brilhantes, hormônios, alimentos ou privação do sono.
Hiperidrose
Hiperidrose pode ser definida como a transpiração excessiva, além do nível necessário para manter a temperatura normal do corpo, em resposta a exposição ao calor ou exercício.
As consequências da hiperidrose são essencialmente de natureza psicossocial.
A transpiração excessiva pode ser socialmente embaraçosa, por limitar a capacidade de apertar as mãos ou interferir com certas profissões.
A toxina botulínica bloqueia os nervos que estimulam as glândulas produtoras de suor. O tratamento não é uma cura para a hiperidrose, só fornece alívio temporário e precisa ser repetido a cada quatro meses para manutenção do efeito.
Defeitos Refractivos
A córnea é a parte do olho que focaliza a luz para criar uma imagem sobre a retina. Quando a forma da córnea não é perfeita, a imagem na retina fica fora de foco ou distorcida.
Essas imperfeições na focalização do olho são chamadas “erros de refração”: miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Combinações de miopia e astigmatismo ou hipermetropia e astigmatismo são comuns.
A melhor opção para correção da miopia, hipermetropia e astigmatismo é a cirurgia com laser.
Entrópio e Ectrópio
Entrópio é o termo médico usado para descrever uma condição onde a pálpebra inferior e os cílios giram para dentro, em direção ao olho. Isto faz com que a pálpebra e cílios fiquem em contato com a córnea (a parte da frente do olho) e a conjuntiva (membrana mucosa que protege o olho). Ocasionalmente a criança pode nascer com entrópio.
A condição pode causar irritação crônica na pálpebra e no olho, resultando em lacrimejamento, descamação das pálpebras e secreção de muco, irritação excessiva da córnea, diminuição da visão e uma sensação constante de incômodo no olho.
Devido ao atrito continuado da pálpebra com o olho podem ocorrer danos à córnea, incluindo infecções e cicatrizes. São razões importantes para ter esta condição reparada antes que ocorra um dano permanente.
Ectrópio é quando a pálpebra inferior está voltada para o exterior e não toca no olho, impedindo a distribuição da lágrima que lubrifica o olho.
Como resultado, a conjuntiva (membrana mucosa que reveste a pálpebra) pode tornar-se vermelha e irritável. Esta condição geralmente envolve uma ou ambas as pálpebras inferiores, mas raramente afeta as pálpebras superiores.
O ectrópio crônico pode causar irritação na pálpebra e no olho, resultando em infecção, inflamação da córnea e perturbações da visão.
Tumor palpebral
A pele da pálpebra é a mais fina e sensível em seu corpo. Como resultado, esta é a primeira a mostrar os danos do sol e do envelhecimento.
Infelizmente, o sol e outras toxinas ambientais não só fazem com que a pele envelheça, mas podem causar sérios danos. O câncer de pele das pálpebras é relativamente comum e existem vários tipos.
Sangramentos ou úlceras significam que precisa ser avaliada a presença de um nódulo ou lesão na pálpebra. Isto envolve um exame cuidadoso e, por vezes, uma biópsia.
Carcinoma basocelular
Os tumores de células basais representam noventa por cento dos tumores palpebrais. Estes cancros da pele crescem lentamente ao longo de meses. Apesar de ser um câncer, estes tumores não se espalham, mas continuam a crescer e se infiltrar no tecido circundante. Geralmente podem ser curados por excisão simples seguida de reconstrução da área atingida.
Carcinoma espinocelular e melanoma
Estes tipos de tumores ocorrem com menos frequência, mas são mais agressivos e necessitam de cuidados para assegurar que o tumor não se espalhou.
Tratamento do câncer de pele
O câncer de pele precisa ser removido cirurgicamente e será necessário reconstruir a pálpebra ou a área onde o tumor foi removido. Este procedimento é concluído em duas etapas, a primeira com o exame imediato do tumor para garantir a sua remoção completa, seguida da cirurgia reconstrutiva.
Espasmo hemifacial
Espasmo hemifacial é um distúrbio do sistema nervoso em que os músculos de um lado do rosto se contraem involuntariamente.
O primeiro sintoma são espasmos intermitentes do músculo da pálpebra, que podem conduzir ao fechamento forçado do olho. O espasmo poderá de forma gradual atingir os músculos da parte inferior da face, fazendo a boca ser puxada para um lado. Eventualmente, os espasmos podem envolver todos os músculos de um lado da face, de forma quase contínua.
O espasmo hemifacial pode ser causado por um vaso sanguíneo muito próximo a um nervo facial, uma lesão do nervo facial ou um tumor, por isso o espasmo hemifacial deve ser considerado um sintoma e a sua causa pesquisada.
O tratamento é a aplicação de injeções de toxina botulínica tipo A ou tipo B nos músculos afetados, o que os paralisa temporariamente. O paciente vai precisar de tratamentos continuados e os benefícios de cada aplicação terão duração de três a quatro meses.
Blefaroespasmo e Hemiespasmo Facial
O blefaroespasmo é caracterizado pelo fechamento involuntário das pálpebras de forma intermitente ou persistente, devido a contrações espasmódicas dos músculos orbiculares. Outros músculos da face e do pescoço também são frequentemente envolvidos.
O termo blefaroespasmo pode ser aplicado a qualquer piscar anormal, tique ou contração da pálpebra resultante de olhos secos, síndrome de Tourette ou discinesia tardia.
A gravidade do blefaroespasmo pode variar de um piscar frequente e repetido a um fechamento tão forte e persistente das pálpebras que pode provocar cegueira funcional.
O blefaroespasmo está associado com uma função anormal do gânglio basal, que é a parte do cérebro responsável pelo controle dos músculos.
A maioria das pessoas que desenvolve blefaroespasmo não tem sintomas de alerta, o problema pode começar com um aumento gradual do piscar ou uma irritação nos olhos.
Para algumas pessoas as causas do blefaroespasmo podem ser cansaço, tensão emocional ou sensibilidade à luz brilhante.
O blefaroespasmo atinge duas vezes mais mulheres que homens e geralmente se desenvolve depois dos 60 anos.
Conforme a doença progride, os sintomas tornam-se mais frequentes. O blefaroespasmo pode diminuir ou até parar, se a pessoa está dormindo ou se concentrar em uma tarefa específica.
Um dos tratamentos mais eficazes para blefaroespasmo são injeções regulares de toxina botulínica em pontos específicos, que bloqueiam os impulsos dos espasmos. Os pacientes vão ter alívio dos sintomas 2 a 5 dias após a injeção, com uma duração média do alívio de sintomas de 3 meses.
A experiência pessoal do Dr. Henrique Kikuta é que 5% dos pacientes tratados sentem alívio por mais de 6 meses, embora alguns pacientes necessitem de injeções mensais.
Pacientes em estágio avançado de blefarospasmo que não respondem à toxina botulínica são candidatos a um tratamento cirúrgico, a miectomia, que remove os músculos responsáveis pela oclusão palpebral.